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Com dimensão continental, as eleições em Mato Grosso custarão R$ 14 milhões


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Com área territorial de 903,2 mil km² e 96 locais de difícil acesso, as eleições de outubro em Mato Grosso vão custar R$ 14 milhões. Uma redução de R$ 3 milhões se comparada com a de quatro anos atrás, que custou R$ 17 milhões. Do valor previsto para este ano, R$ 3,3 milhões serão destinados apenas a transportes, incluindo locação de translado aéreo, terrestre e fluvial para transportar as urnas, alimentação e pessoas no dia da votação.

Do montante utilizado em transporte, R$ 1,3 milhões são destinados apenas para locação de veículos. O segundo maior gasto é para transporte terrestre de urnas eletrônicas que consomem R$ 427,5 mil. Para transporte aéreo de pessoal e material o TRE prevê um custo de R$ 237 mil. Além desses, há despesas com combustível e passagens aéreas.

Para explicar esses números, o secretário de Administração e Orçamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Rafael Zornitta, afirma que Mato Grosso possui várias peculiaridades. Pontua que o fato de ser o terceiro Estado com maior área territorial – ficando atrás do Pará e Amazonas – com 2,3 milhões de eleitores, resulta numa baixa densidade demográfica. “São muitas áreas a serem cobertas com poucos votos”, disse ao .

Outro fator elencado pelo servidor do TRE é a diversidade de ecossistemas, como Pantanal, Cerrado e Floresta. Nesses locais, segundo Rafael, há populações que têm direito a voto. Por isso a necessidade de se utilizar esses transportes. “Se for comparar Estado de dimensões menores e urbanizado, não tem uso de aeronaves, aqui é ordinário. No Alto Xingu, fazemos vistoria, levamos urnas, mesários e alimentação. Tudo vai de aeronave. Não tem como acessar de outra forma, de barco são 20h. Então é um gasto expressivo com gasto de transporte”, pontua.

Gilberto Leite

Rafael TRE

 Rafael Zornitta afirma que para o TRE, todo voto tem o mesmo valor, independente do local

O secretário ressalta ainda que o Tribunal não faz distinção do custo do voto de um índio do Xingu ou uma pessoa da Capital. Sustenta que todo voto é importante independentemente do valor. Em Mato Grosso o custo por eleitor é de R$ 6,17. “A logística de uma urna na aldeia aumenta o custo, do que colocar num colégio. Lá (aldeia) precisa mobilizar aeronave, Polícia Federal, Exército, então o custo é mais alto, no entanto, na democracia o voto não tem preço”, explica.

Conforme levantamento do TRE, Mato Grosso possui 41 aldeias indígenas. No entanto, isso não significa que todas as localidades precisam montar um grande aparato para acessar essas regiões. O servidor do Tribunal lembra que há aldeias que ficam próximo de cidades, como Tangará da Serra, e cidades como Barão de Melgaço com locais de difícil por ser a região pantaneira.

Ao todo, o Estado possui 1,5 mil locais de votação, sendo 41 seções eleitorais em aldeia indígenas. Serão utilizados no dia da eleição 8 mil urnas. Dos 2,3 milhões de eleitores, 10,7 mil são indígenas. No dia da votação, em 7 de outubro, o TRE promete mobilizar 45 mil servidores, sendo que 31,9 mil são mesários.

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